OK
GO é uma banda americana de Chicago formada no ano de 1998. Suas músicas
recebem influências dos gêneros rock alternativo, pop e indie rock e sua
formação atual conta com Damian Kulash nos vocais e guitarras, Tim Nordwind no
baixo, Dan Konopka na bateria e Andy Ross também nas guitarras.
Apesar
de sua considerável produção musical – Quatro álbuns e sete EP’s – ao buscar
informações ou entrevistas sobre a banda nos deparamos com grande destaque para
a produção de seus videoclipes. O vídeo da música This too shall pass, por exemplo, possui mais de cinquenta e oito milhões
de visualizações. Sobre os vídeos Kulash diz: “há quinze anos as propostas de
vídeos musicais eram condicionadas às gravadoras e selos. Para nós, os vídeos
são filhos criativos assim como nossas músicas, nossos álbuns e nossos shows e
não um caminho para nos promovermos ou qualquer coisa parecida”.
O
clipe musical de Needing / Getting, nosso foco de análise, foi lançado em fevereiro de 2012 e foi
patrocinado pela Chevrolet como forma de apresentar seu novo carro na época. A
ideia do vídeo é de que fossem construídos instrumentos que pudessem ser tocados
por um carro. Kulash baseou-se na ideia da máquina de Rube Goldberg, que
basicamente parte do princípio de executar tarefas simples de maneira
complicada, geralmente utilizando uma reação em cadeia, como o efeito dominó,
por exemplo. Assim a equipe de produção passou a visitar
lojas e armazéns pesquisando objetos e como cada som respectivo funcionava.
A estrutura da filmagem contou com um carro, duzentos e oitenta e oito guitarras conectadas a sessenta e seis amplificadores, cinquenta e cinco pianos e mil cento e cinquenta e sete instrumentos caseiros previamente explorados pelos músicos. O carro foi adaptado pela Chevrolet com braços para tocar os instrumentos e eram controlados de dentro do carro. Além disso a empresa também forneceu o espaço, um engenheiro acústico e o treinamento para que Kulash adaptasse-se ao veículo.
“Eu gosto da ideia de fazer vídeos que são gravações ao vivo. Isso ajuda a
quebrar a ideia de que são formas distintas de arte”, comenta o vocalista. A
intenção inicial era de que a gravação fosse feita em uma tomada só em um
circuito oval, porém, com grande dificuldade, resolveram dividir o circuito,
usando várias etapas do curso para mapear estrofes da música.
A banda desenvolveu um software para computador que ditou a velocidade que
o carro deveria manter durante o curso para respeitar o ritmo da música. Essas
velocidades variaram entre 28 e 56 quilômetros por hora e Kulash contou com um
metrônomo dentro do carro para manter o controle do andamento. Foram
necessárias várias tomadas para que ele aperfeiçoasse a direção e os braços
foram substituídos diversas vezes por seu uso excessivo. Além disso, o vento
derrubou por diversas vezes os instrumentos, como os pianos, por exemplo.
Deste modo a banda OK GO tenta explorar ao máximo a criação artística
independente de que núcleo esta possibilidade esteja inserida. Os shows, as
músicas e os clipes passam a não ser complementos um dos outros e sim novas
possibilidades de criação, tornando-os profissionais versáteis e com uma
proposta artística diferente. A produção do vídeo de Needing/Getting, um
trabalho intenso de manipulação do tempo (andamento) e exploração de materiais
(timbres), convida o espectador a pesquisar outras produções e a surpresa é
sempre gratificante, oferecendo inúmeras possibilidades de exploração.
Tendo como foco de exploração em sala de aula a duração a atividade proposta leva o nome de: Circuito Musical Humano.
Procedimentos Metodológicos:
Uma música deverá ser escolhida previamente. Os alunos serão divididos em grupos e cada
grupo representará uma estrofe da música. Os grupos deverão explorar objetos
sonoros, cotidianos ou instrumentos musicais, para executarem esta música. A
linha do tempo será representada por um objeto e este objeto deverá ser passado de aluno a aluno até que o último aluno do grupo realize sua performance. A criação da música a ser tocada também poderá ser composta pelos próprios alunos.
Links deixados como pistas para mediação: